8 pensamentos que me fazem ser quem sou

8 pensamentos que me fazem ser quem sou

Dedico esse texto aos meus grandes amigos. Tenho certeza que muitos deles já me ouviram divagar citando ou brincando com algumas dessas frases inspiradoras. São pensamentos que venho trazendo junto comigo nos últimos anos (alguns há muito tempo) e que foram essenciais pra eu ser quem sou hoje.

1. Sorte é quando preparação encontra oportunidade

Um dos primeiros livros gringos que comprei se chama Sketching User Experiences e tinha um capítulo introdutório sobre um cara que passou um perrengue em uma montanha de gelo e só sobreviveu porque tinha planejado bem a viagem e os possíveis imprevistos. Após contar essa história, o autor conclui que podemos ter projetos sempre bem-sucedidos se estivermos preparados para todas as oportunidades. “Sorte é quando você está preparado para as oportunidades que aparecem”, ele diz. Então, se eu estiver sempre preparado, posso ter sempre  sorte! Não faz todo o sentido? Decidi aplicar isso em vários aspectos da minha vida e devo muito do que sou hoje a isso: Se tenho sorte, ela é fruto do meu trabalho de preparação. Se perco uma oportunidade é porque não estava preparado, bora trabalhar um pouco mais para a próxima. Sem chororô.

2. O tempo que você gosta de perder não é tempo perdido

Certa vez comprei um ímã de geladeira que tinha essa frase: “O tempo que você gosta de perder não é tempo perdido”. É genial, afinal, se estamos perdendo tempo com alguma tarefa, geralmente estamos entretidos com ela e queremos estar ali. O único problema é quando essa tarefa não te leva a nenhum progresso pessoal ou profissional. Fiquei por alguns dias com essa ideia na cabeça e fui atrás do autor da frase, Bertrand Russell, um filósofo-matemático-lógico que tem algumas ideias muito boas – não sou tão entendido, mas sou um grande curioso de filosofia -, e dentre elas um “código de conduta” muito interessante com ideias como “Não tenhas certeza absoluta de nada.”, “Nunca tentes desencorajar o pensamento, pois com certeza tu terás sucesso” e “Não tenhas medo de possuir opiniões excêntricas, pois todas as opiniões hoje aceitas foram um dia consideradas excêntricas”. Recomendo.

3. Sou a soma das pessoas que deixo ficarem perto de mim

Sempre fui muito receptivo. Estou sempre aberto a boas experiências e que me tragam algum crescimento pessoal. Alguns amigos me chamam de easygoing. Mas isso não quer dizer que tenho que dizer sim para tudo e para todos. Com o tempo percebi que existem vários tipos de pessoas e algumas são boas e interessantes e outras são cansativas e espaçosas. Eu já perdi muito tempo com todo tipo de amizade e em algum momento percebi que precisava valorizar meu tempo, meu espaço e meus interesses e proteger isso com rigidez. Se sou a soma das pessoas que estão perto de mim, preciso estar com as pessoas que possam me proporcionar momentos e pensamentos realmente proveitosos.

4. Informação não é tão importante assim.

Corri muito atrás de ser um bom profissional (do meu jeito) e sempre fui sedento por informação, por estar atualizado, google readers, twitters e facebooks. Algum tempo atrás percebi que isso é como uma droga. De fato, não preciso ver os vídeos de gato que minha tia postou no facebook, não preciso ler o jornal do dia todos os dias e não preciso acompanhar no Instagram a viagem pra Nova Iorque daquela menina que fui apresentado uma vez, nunca mais vi e provavelmente nunca mais verei. Algum tempo atrás li o livro “A Geração Superfial” do Nicholas Carr, sobre o efeito psico e fisiológico da informação nos nossos cérebros – é impressionante – e decidi me atualizar muito menos e com filtros de maior qualidade. Tente ficar 1 mês sem facebook, 9gag, buzzfeed e as demais pragas do século XXI. Pra quem trabalha nessa nossa área, é como sair da caverna de Platão.

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5. Saia agora da zona de conforto

Entrar na rotina é algo que pode me aterrorizar mais do que um filme clássico do Romero. Quando a maré está calma e tudo está fluindo muito facil sempre sinto que algo está errado. Na verdade, sinto que estou entrando numa zona de conforto e fico muito inquieto. É aquele ideia de que poderia estar fazendo muito mais por mim e logo em seguida já estou jogando um monte de coisas pro alto pra transformar claro em escuro, esquerda em direita e calmaria em tempestade. Faço isso sempre de tempos em tempos e faço com tanta frequência que alguns amigos já brincaram que sou uma pessoa “previsivelmente imprevisível”. Pra mim, chacoalhar a vida é sempre necessário.

6. Quem é a pista?

Independência não é só lavar a própria roupa ou cozinhar a própria comida. Independência tem muito a ver com quem você é quando está sozinho e com o quanto você consegue seguir em frente sem ajuda dos outros. Sempre achei muito ruim ter que depender de alguém, de um lugar ou de quaisquer fatores externos pra estar bem comigo. Quando era mais novo um amigo sempre me chamava pra sair a noite em lugares que eu não costumava frequentar e sempre ficava com receio e desanimado, mas a frase que ele usava pra me convencer era sempre a mesma “Cara, nós somos a pista!”. E era verdade. A boa vibe vem de dentro da gente e nossa motivação nunca deve ser tão dependente assim de fatores externos. Isso me fez uma pessoa muito mais independente e, consequentemente, sociável. Afinal, quem é a pista? Eu sou a pista.

7. A vida é feita de escolhas

Essa frase sempre soa meio irônica – e sempre falo com muito bom humor -, mas é porque acho que está na própria ironia a sua genialidade. A vida é feita de escolhas, elas não são boas nem más, são apenas escolhas. Essa frase me acompanha sempre que alguém chora sobre leite derramado – e eu detesto isso. Além disso, não se pode culpar por escolhas que já foram feitas ou se sentir inábil numa situação que foi criada por uma decisão. Você escolheu em algum momento, está feito, está decidido e já foi. Se está arrependido, corra atrás e corrija. Mas por favor, vamos logo seguir em frente.